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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

As trocas da vida

Qquer.'. Iir.'.

S.'.F.'.U.'.


As trocas da vida 
 
 


Alguém me fala de sua dificuldade em distinguir retribuição de cobrança e que isso acarretou um momento de incompreensão com uma amiga querida, quando esta colocou, com toda a delicadeza essa falta de retribuição nas gentilezas e atenções que recebe.
O que seria apenas um detalhe, tornou-se um problema e um desencontro que a esta deixando muito triste, embora insista que faz parte da sua natureza, essa dificuldade de estabelecer relações recíprocas e reversíveis.
Há quem veja mesmo como cobrança, justamente por ser refratário a esse tipo de atitude e qualquer proposta é vista assim. Retribuir é ato muito bonito no relacionamento humano. Trata-se de querer proporcionar ao outro, idêntica satisfação, igual prazer ou alegria; não na mesma medida, mas no clima paralelo daquilo que se recebeu.
Retribuir os convites recebidos, por exemplo. Quem abre a casa abre o coração e sempre digo isso, contando com alguma irritação daquelas pessoas um tanto avaras que não recebem ninguém sequer para um café. E muitas vezes, são essas que reparam quando não convidadas. Só que retribuir implica em fazer por gostar, por querer ampliar e não por obrigação. Aí se torna cobrança e pesa muito.
Eis porque prefiro falar em trocas. As trocas da vida são lindos comportamentos em torno da integração, do entendimento do dar e do receber. E que nada tem a ver com valor material ou sacrifício, mas com gestos animadores que iluminam a alma.
Aliás, é um dos segredos da boa existência. Quem não dá, não recebe, é uma das Leis da Sabedoria, por mais que não se deva forçar a barra ou se pretenda a beleza de doar sem esperar volta. Faz parte do grande movimento universal, da Roda da Vida que a tudo conduz e que se rege por normas não estabelecidas pelos padrões comuns.
É complicado para os mais concretos e materialistas entender isso. Que acabam atribuindo algumas benesses a circunstâncias apenas externas ou ocasionais. Vejo muito isso. De repente ouço uma frase entrecortada "só você consegue reunir tantas pessoas numa promoção beneficente" ou "elas vão por sua causa" e no subtexto, nas entrelinhas está o que não foi dito mas sentido "pela posição que ocupa" ou por qualquer outra atribuição a que me vinculo no momento.
Não é bem assim. Há compromissos e retribuições, é claro, mas também o carinho da troca, a vontade de estar junto, de prestigiar, de colaborar por que se notou um espírito de ajuda comum. Geralmente os que reclamam que não foram prestigiados em suas promoções, também não comparecem nos eventos alheios, não participam, recusam-se a sequer comprar um convite. Mesmo sendo ele beneficente. Como querer a volta então?
Vejo muito isso, também profissionalmente. Como acho generoso e amplo, os profissionais que fazem questão de avalizar com a presença, uma atividade ou promoção do outro, bater palmas, elogiar sinceramente, exaltar.
Por mais que eu deteste frase feita "a gente colhe o que semeia", o egoísmo é solidão. A beleza está nessas trocas da vida.

Luis Alca de Sant'Ana


T.'.F.'.A.'.

João Luiz Coyado Reverte.'. M.'.M.'. Gr. 4º  R.'.E.'.A.'.A.'.

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