S.'.F.'.U.'.
19º e 20º LANDMARK'S (comentados)
DÉCIMO NONO: "A crença no Grande Arquiteto do Universo é um dos mais importantes Landmarks da Ordem. A negação dessa crença é impedimento absoluto e insuperável para a Iniciação."
Este Landmark não comporta maiores esclarecimentos. Ele é positivo, definitivo, irrevogável e fatal.
O Candidato deverá crer na existência de Deus. Não se façam confusões, como aqueles que julgam que essa crença deve ser "em um Deus".
Deverá ser exclusivamente no Ser que nós aceitamos como Criador e que em linguagem maçônica se entende por Grande Arquiteto do Universo.
Cada religião expressa a Deus, com nome diferente, como os israelitas que o denominam de "Jeová". Isso não importa, o que vale é sabermos que esse Grande Arquiteto do Universo é Deus.
Todos sabemos como o mundo se formou, como os astros surgiram, pois a Astronomia é uma ciência que tem evoluído sobremodo, complementada com os conhecimentos das aventuras espaciais.
O valor do Universo para nós é relativo. Nos interessa, muito mais o nosso planeta, e mais ainda, o ser humano. É por isso que o Maçom volta o seu interesse para o "Universo de dentro", o Homem, onde se processam todos os fenômenos que ocorrem no "Universo de fora". Crença aqui é submissão e obediência. O ato de "crer" é um ato místico.
O Maçom não pode repelir a existência do Grande Arquiteto do Universo. Aceitando-o, estará dando uma demonstração de que adere aos princípios da Maçonaria.
A Maçonaria tem uma preocupação central que é a sua filosofia, o amor entre os irmãos. Não é o amor entre os homens, mas sim, entre os que foram iniciados e os que comungam em torno deste ideal, o amor fraterno. Portanto, o Grande Arquiteto do Universo é também o "construtor" deste amor fraterno e se apresenta como Deus Pai, Deus bondoso e Deus fraterno.
Essa Bondade envolve muita tolerância e perdão, graça e incentivo, na busca da fórmula para uma entrada em um Reino de Paz, a Jerusalém Celestial.
O Maçom deve aceitar essa Presença, e as suas dúvidas se dissiparão, porque o homem não foi criado para o sofrimento, mas para a glória de Deus.
Quando no Grupo Maçônico surge um elemento descrente, é porque não foi suficientemente sindicado antes de sua Iniciação.
A exigência de uma crença em Deus, objetiva a continuação da harmonia do Grupo.
Se o Grupo crê, por que colocar nele alguém que não crê? Deve haver severa vigilância a este respeito, porque é melhor abrir mão de um candidato, mesmo excepcional, que tirar a fé dos Irmãos, que abraçados nela podem construir o seu Mundo em busca da Felicidade.
Faz-se, portanto, necessário que os Líderes estejam sempre atentos para evidenciar a existência do Grande Arquiteto do Universo e, ao mesmo tempo, solidificar a Fé.
Esta crença não é dogma, mas princípio, condição primeira, para ingressar na Ordem.
VIGÉSIMO: " Subsidiariamente a essa crença, é exigida a crença em uma vida futura"
Esta crença é subsidiária à crença no Grande Arquiteto do Universo, porque só na Vida Futura todos os mistérios serão revelados. Por vida futura, deve-se entender, vida após a morte.
Há muita polêmica sobre a existência de uma "vida futura", porque sob o ponto de vista místico, a vida é "uma só". Não há vida passada nem futura, mas sempre, "presente".
O que pode haver, são "estados de consciência", eis que o Espírito sempre é o mesmo, neste corpo, ou no corpo do futuro, como o foi no corpo passado.
A vida é o maior mistério da Humanidade. Os séculos se sobrepõem, mas o mistério prossegue. Ninguém o desvenda, porque assim foi decidido por Deus. Os dois pilares da Maçonaria são estes: Deus e Vida Futura.
Podemos em torno deles, construir nossa "filosofia de vida", mas como estudo para compreender, não a Vida nem o Futuro, mas tudo o que gravita em torno desses dois mistérios.
A crença em Deus e na Vida Futura não são afirmações que se colhem após a Iniciação, mas de início, quando o Candidato é submetido à sindicância e se ele não crê não deve ser proposto.
Vale lembrar que a Maçonaria, na Renascença, cometeu graves erros em admitir certos ilustres filósofos especulativos, que eram sabidamente ateus e materialistas.
Este Landmark liga e une o Maçom ao Grande Arquiteto do Universo, que numa vida futura se apresentará "face a face", como disse o apóstolo Paulo de Tarso.
A "Vida Futura" liga e une a "Ressurreição".
A nossa Lenda de Hiram Abif conduz à "Ressurreição". O Cristianismo, bem como as religiões hindus, egípcias, antigas e modernas, não a dispensam. Assim, uma das preocupações filosóficas da maçonaria é justamente, a "Ressurreição", no momento preciso para o ingresso numa outra Vida.
Enfim, crer nos XIX e XX Landmarks constitui a parte mística dos trabalhos maçônicos.
Fonte: Polibusca.com.br
T.'.F.'.A.'.
João Luiz Coyado Reverte.'. M.'.M.'. Gr.4º R.E.A.A.
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