SELO DE SALOMÃO

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MAÇONARIA MÍSTICA, OPERATIVA E ESPECULATIVA - "GOSP" (V.I.T.R.I.O.L.) החירות האחווה שוויון - שלום עלי אדמות - www.fraternidadesetima.mvu.com,br

sexta-feira, 27 de julho de 2012

"Baphomet" A verdadeira história



(agradecimentos ao irmão Cezaretti)

Para entender a criação e a falsa associação desta figura meio homem meio bode com a Maçonaria, teremos que seguir um longo e tortuoso caminho iniciando no século XII.

Depois da Primeira Cruzada, no ano 1119 em Jerusalém, surge um pequeno grupo de militares formando uma ordem religiosa tendo como seu principal objetivo proteger os peregrinos visitantes à Palestina. Ficaram conhecidos como os Cavaleiros Templários.

Falarei muito mais sobre eles em uma série de matérias futuras, mas por enquanto, basta sabermos que, devido à necessidade de enviar dinheiro e materiais regularmente da Europa à Palestina, os Cavaleiros Templários gradualmente desenvolveram um eficiente sistema bancário que nunca existira.

Assim, levando uma vida austera com uma forte disciplina, defendendo com desinteresse as Terras Santas, recebendo doações de benfeitores agradecidos, os Templários acumularam com o passar dos anos grande riqueza. Tais poderes, militar e financeiro, os tornaram respeitados e confiáveis para a população da época.

Os Templários financiavam, através de vultosos empréstimos, muitos reis da época. Porém, por volta de 1300 os Templários sofreram diversas derrotas militares, deixando-os em uma posição vulnerável e assim, suas riquezas se tornaram objeto de ganância e ciúme para muitos.

Na época o Rei francês Felipe IV (Felipe, o Belo) estava envolvido em uma tumultuada disputa política contra o Papa Bonifácio VIII e ameaçava com a possibilidade de embargar seus impostos ao clero. Tal agressividade do Rei contra o sumo pontífice era principalmente devido à corte francesa estar falida. Então o Papa Bonifácio em 1302 editou a Bula Unam Sanctam, uma declaração máxima do papado, que condenava tal atitude. Os partidários de Felipe então aprisionaram Bonifácio que escapou pouco tempo depois, mas veio a falecer logo em seguida. Em 1305 Felipe, com uma trama política e pressão militar, obteve a eleição de um dos seus próprios partidários, inclusive amigo de infância, como Papa Clemente V e o convenceu a residir na França, onde estaria sob seu controle todo movimento eclesiástico. (Este era o começo do denominado “Cativeiro Babilônico do Papado”, de 1309 a 1377, durante o qual os Papas viveram em Avignon e sujeitos a lei francesa).
Novamente, falarei mais sobre isso quando chegar a vez de falar sobre os Templários, mas por ora, basta sabermos que o Papa estava sob o controle total do rei Felipe, o Belo.

Agora com o Papa firmemente sob seu controle Felipe voltou-se para os Cavaleiros Templários e a fortuna deles, então denunciou os Templários à Igreja por heresia e esta aceitou tal denúncia. Então em 1307, com o consentimento do Papa, Felipe ordenou uma perseguição aos Templários prendendo-os e jogando-os em calabouços, incluindo o Grão Mestre Jacques de Molay que foi acusado de sacrilégio e satanismo. Em 1312, o Papa, agora um boneco do Rei, emitiu a ordem que suprimia a ordem militar dos Templários com subseqüente confisco da riqueza por Felipe. (Os recursos ingleses dos Templários foram confiscados de forma semelhante pelo Rei Edward II da Inglaterra, sendo a maior parte desta imensa fortuna para Portugal, onde foi criada mais tarde em 1319, a Ordem de Cristo).

Claro que os Templários já sabiam das intenções de Felipe e, quando seus exércitos invadiram os castelos templários, não acharam nem uma moeda sequer do fabuloso tesouro templário, nem a arca da aliança, nem o Santo Graal, que foram enviados em 12 galeões para fora da França.

Assim, os Templários deixaram de existir daquela data em diante e muitos de seus membros, inclusive Jacques de Molay foram torturados e obrigados a se declararem “réus confessos” para uma miríade de crimes, inclusive uma lista 127 acusações e 9 subitens! Estas incluíram tais coisas como a “reunião noturna secreta”, homossexualismo (embasado no símbolo da Ordem, que é dois soldados montando o mesmo cavalo), cuspir na cruz, negar a Cristo, etc…
Entre as acusações contra os Templários havia uma que haviam produzido algum tipo de “cabeça barbuda”. O tal do Baphomet.

Existem várias teorias, inclusive seria um relicário contendo a cabeça de João Batista ou a cabeça de Cristo, a Mortalha de Turin, uma imagem de Maomé (o pai da religião islâmica) entre outras.
Após ser torturado por 7 anos, o Mestre Jacques de Molay acabou, após sua prisão, queimado vivo em praça pública com fogo brando e muitos templários foram mortos também e outros fugindo para outros países. O que vem a ser exatamente o “Baphomet” nunca foi descrito pela Inquisição, mas é fácil perceber que se trata de uma mistureba feita pela Igreja dos ritos antigos egípcios, gregos e romanos, para variar.

Mas… e aquela imagem demoníaca?
Mais de 500 anos depois dos Templários, em 1810 na França, nasce Alphonse Louis Constant, filho de um sapateiro.
Bem cedo, ainda criança, ganhou as atenções de um padre da paróquia local que providenciou para que Alphonse fosse enviado para o seminário de Saint Nichols du Chardonnet e mais tarde para Saint Sulpice estudando o catolicismo romano com o objetivo ao sacerdócio.
Mas deixou o caminho do catolicismo para se tornar um ocultista. De qualquer forma enquanto vivo seguiu o caminho esotérico e adotou o pseudônimo judeu de Eliphas Lévi, que dizia ser uma versão judaica de seu próprio nome.

O trabalho de sua vida foi escrever volumes enormes sobre Magia que incluiam comentários extensos sobre os Cavaleiros Templários e o Baphomet. De todos seus trabalhos o mais conhecido é o que contém a ilustração (o desenho é cópia do original e observe que está assinado por Eliphas Lévi) e era usado como uma fachada para o livro “A Doutrina da Alta Magia” publicado em 1855. Levi também afirmava que se a pessoa reorganizasse as letras de Baphomet invertendo-as, adquiriria uma frase latina “TEM OHP AB” que é a abreviação de “Templi Omnivm Hominum Pacis Abbas“, ou em português, “O Pai do Templo da Paz de Todos os Homens”. Uma referência ao Templo do Rei Salomão, capaz de levar a paz a todos.

A palavra “Baphomet” em hebraico é como segue: Beth-Pe-Vav-Mem-Taf. Aplicando-se a cifra Atbash (método de codificação usado pelos Cabalistas judeus), obtém-se Shin-Vav-Pe-Yod-Aleph, que soletra-se Sophia, palavra grega para “sabedoria”.

E o que esta imagem significa?
Na Alquimia, o uso de alegorias e imagens é muito comum para expressar idéias e conceitos. Vamos analisar com calma a figura do Baphomet:
- A imagem possui a cabeça com características de chacal, touro e bode, representando os chifres da sabedoria, virilidade e abundância. O chacal representa Anúbis (o deus-chacal) e também o “Mercúrio dos Sábios”, o Touro representa o elemento terra e o “Sal dos Filósofos” e o bode representa o Fogo e o “Enxofre fixo”. Juntos, a cabeça da imagem representa os três princípios da Alquimia.
- A tocha entre seus chifres representa a sabedoria divina e a iluminação. Tochas estão associadas ao espírito nos 4 elementos e colocadas sobre a cabeça de uma imagem representam a inspiração divina. Isso pode ser observado até os dias de hoje, em personagens de quadrinhos que, quando tem uma idéia, aparece uma lâmpada sobre suas cabeças (grande Walt Disney!).
- O conjunto dos dois chifres também representam as duas colunas na Árvore da Vida e o fogo sendo o equilíbrio entre elas. A lua branca representa a magnanimidade de Chesed (Júpiter) e a lua negra o rigor de Geburah (Marte).
- O pentagrama na testa de Baphomet representa Netzach (Vênus), o Pentagrama, o símbolo da proteção e da magia. Importante notar que ele se encontra voltado com a ponta para cima. As pernas cruzadas associadas ao cubo representam Malkuth.
- Nos braços do Baphomet estão escritos “Solve” no braço que aponta para cima e “Coagula” no braço que aponta para baixo. Solve representa “dissolver a luz astral” e coagula significa “coagular esta luz astral no plano físico”. Em outras palavras: tudo aquilo que você desejar e mentalizar no plano astral irá se manifestar no plano físico. Alguém ai assistiu ao filme “The Secret?”
- Os braços nesta posição representam o “Tudo o que está acima é igual ao que está abaixo”, ou “O microcosmo é igual ao macrocosmo”, ou “Assim na Terra como no Céu”. É a mesma posição dos braços representada no Arcano do Mago no tarot.
- a imagem possui escamas, representando o domínio sobre as águas, ou emoções.
- a imagem possui asas, representando o domínio sobre o Ar, ou a razão.
- a imagem possui patas de bode, representando seu domínio sobre a Terra, ou o material. Também representam a escalada espiritual.
- a imagem possui fogo em seus chifres, representando o domínio sobre o Fogo.
- Os seios representam a maternidade e a fertilidade, e também o hermafroditismo, simbolizando que a alma não possui sexo e que não “somos” homens ou mulheres, mas “estamos” homens ou mulheres.
- a imagem está parcialmente coberta, parcialmente vestida (atenção, irmãos e fraters), representando que o corpo não está apenas no plano material (roupas), mas por debaixo da matéria está também o espírito (parte nua). Podemos perceber isto melhor nos arcanos Estrela e Lua no tarot.
- Baphomet está sentado sobre o cubo. O cubo e o número 4 representam o Plano Material, e estar sentado sobre ele representa o domínio sobre o plano material (vide arcanos Imperador e Imperatriz no tarot).
- O falo do Baphomet é o Caduceu de Hermes, representando a Kundalini e as energias sexuais ativadas, a virilidade e todo o desenvolvimento dos chakras.
- Finalmente, a figura representa a Esfinge, aquela que guarda os portais das iniciações, pela qual os covardes não passarão. Aquele que teme uma figura por pura ignorância nunca será um iniciado.

No tarot de Marselha, podemos observar algumas destas representações. O Diabo (Arcano XV) no tarot representa as Paixões, por isso o homem e a mulher acorrentados em Malkuth (a Terra, o gado) aos pés da imagem. No tarot de Rider Waite, no século XX, o diabo já aparece com a estrela invertida, por influência da Ordo Templi Orientalis (e que para os iniciados não significa nada “satânico”… falarei sobre pentagramas invertidos na próxima coluna).

Associações mentirosas com a Maçonaria
Para analisarmos como esta figura foi parar nas mãos dos ignorantes evangélicos e católicos, precisamos explicar quem foi Leo Taxil (seu verdadeiro nome era Gabriel Antoine Jogand Pagès).
Taxil havia sido iniciado na Maçonaria, mas fora expulso ainda como aprendiz. Por vingança, acabou por inventar uma ordem maçônica “altamente secreta” chamada Palladium (que só existia na imaginação fértil de Taxil) supostamente comandada por Albert Pike (o Grão Mestre da Maçonaria na época). Seu objetivo, então, era revelar à sociedade tal misteriosa e maléfica Ordem.

Ficou famoso com isso e ganhou uma audiência com o Papa Leão VIII em 1887. Assim, a Igreja Católica alegremente patrocinou e financiou a campanha de Taxil, inclusive a edição de seus livros.

Albert Pike (1809-1891) era um Brigadeiro General da Confederação na Guerra Civil Americana que, quase sozinho, foi responsável pela criação da forma moderna do Rito Escocês Antigo e Aceito. Abastado, literato e detentor de uma extensa biblioteca, foi o Líder Supremo da Ordem de 1859 até à data da sua morte em 1891, tendo escrito diversos livros de História, Filosofia e viagens, sendo o mais famoso “Moral e Dogma”.

O panfleto de lançamento do livro de Taxil pode-se ver Baphomet com algumas modificações e um avental maçônico cobrindo o falo. O livro “Os Mistérios da Franco Maçonaria” (lado esquerdo) descreve um grupo de maçons endiabrados que dançam ao redor do Baphomet puxado por um ex-padre, nada mais nada menos, que o famoso e falecido “Pai do Baphomet”, Eliphas Lévi (falecido em 1875). Leo Taxil ganhou muito dinheiro, inclusive do Vaticano, enganado todo tipo de crédulos.
Finalmente, em 19 de abril de 1897 em um salão de leitura, Taxil iria apresentar uma tal senhorita Vaughan, que na verdade nunca existiu, renunciando a Satã e convertendo-se ao catolicismo. A igreja ansiosamente aguardou tal apresentação. Na data o salão lotou de pessoas do clero católico, maçons e jornalistas. Depois de um palavreado enorme, cheio de volteios, Taxil então finalmente revelou que nada tinha a revelar, porque nunca havia existido tal “Ordem Palladium”. Foi um tumulto imenso. De fato, Gabriel Jogand tinha fabricado a história inteira como uma farsa monumental às custas da igreja. No final, foi chamada a polícia para os ânimos fossem controlados e tudo não acabasse em uma imensa briga e quebra-quebra. Taxil morreu dez anos depois, em 1907, com 53 anos.

Em suma, Baphomet nasceu de uma lenda dos Templários, ganhou forma nas mãos de Eliphas Leví e foi associado à Maçonaria por Leo Taxil.
E daqui, o resto é história. A fraude, apesar de ter sido revelada por seu criador, continua e é aceita como “verdade absoluta e incontestável” por novas gerações de religiosos ignorantes (ou de má-fé).
A Maçonaria é difamada por uma acusação absurda e também por aqueles que pensam ser religiosos corretos e acabam por perpetuar uma mentira inconscientemente.

Filhos da Viúva


Filho da Viúva-Estudos maçônicos

Filho da viúva é um apelido comumente aplicado aos maçons. Viúva, no caso é a própria Maçonaria, enquanto instituição, já que seu fundador, Hiram Abiff foi assassinado. Dessa forma, seus filhos, maçons seriam órfãos de pai. Essa, naturalmente, é uma alegoria, e não é a única inspiração dessa curiosa expressão.
Na verdade, essa expressão é bastante antiga. Ela já era utilizada nas antigas Iniciações, especialmente nos Mistérios Egípcios. Filhos da Viúva eram todos aqueles que se iniciavam nos Mistérios de Ísis e Osíris, pois Ísis era a esposa viúva do deus Osiris,morto pelo seu invejoso irmão Seth.
Na tradição gnóstica, entretanto, há uma lenda oriunda da seita cainita, segundo a qual a famosa Rainha de Sabá, Barcis, quando visitou o reino de Israel, na época de Salomão, não teria se apaixonado pelo famoso e sábio rei, como divulga a tradição, mas sim pelo arquiteto do Templo, Hiram Abiff. Do romance mantido pelos dois teria nascido um filho. Esse menino teria nascido após o assassinato do mestre pelos Jubelos, razão pela qual esse filho do maior maçom da terra era chamado de “o filho da viúva”. Essa lenda foi inclusive tema de uma ópera composta por Gerard de Nerval, que ao que parece, nunca foi encenada.
A expressão permite o desenvolvimento de um simbolismo rico em significação e os maçons espiritualistas souberam utilizá-lo muito bem. Na tradição da Maçonaria, o Filho da Viúva serve tanto para designar os Templários “órfãos” em relação á extinção de sua Ordem e a morte de seu “pai”, o Grão-Mestre Jacques de Molay, quanto aos partidários dos Stuarts em relação á morte de seu rei Carlos I, decapitado por ordem do Parlamento inglês. A viúva daquele rei teria organizado a resistência, sendo a maioria dos seus partidários constituída de maçons. A propósito, foram os stuartistas refugiados na França que desenvolveram a maior parte dos graus do Rito Escocês Antigo e Aceito.
Filho da Viúva é também Jesus Cristo, cujo pai, José, morreu quando ele era ainda uma criança. Como Jesus consagrou Maria como Mãe de toda a Cristandade, os cristãos são todos filhos da viúva. Filho da Viúva, também, de acordo com outros autores, eram os filhos dos soldados cruzados que embarcavam para a Terra Santa e lá morreram em defesa da fé cristã.
Dessa forma, a expressão carrega um simbolismo bastante apropriado às tradições cultivadas pela Maçonaria.

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Site: Recanto das letras

sábado, 21 de julho de 2012

Ritos Adotados pelo Grande Oriente do Brasil

 


Diferenças ritualísticas existentes entre os Ritos Adotados pelo Grande Oriente do Brasil
Os Oficiais e suas posições no Templo:
Venerável: Existente em todos os Ritos, senta-se no Oriente, a cadeira onde está sentado tem diferentes nomes:
No Rito Moderno: Cadeira de Salomão  e a mesa chama-se Triângulo da Sabedoria, todas as mesas chamam-se triângulos.
Nos Ritos Escocês Antigo e Aceito, Adonhiramita e Brasileiro: à mesa chama-se Altar e à cadeira chama-se Trono de Salomão.
No Rito de Schröder: a mesa do Venerável chama-se Altar.
No Rito York ou Emulation Rite Todas as mesas são chamadas de Pedestais.
Past Master: É o último Venerável, só existe no Rito de York e no Emulation Rite e senta-se à esquerda do Venerável. O emprego em outros Ritos é indevido. No Rito Schröder, na Alemanha usa-se “Alt Meister” ou “Alt Sthulmeister”, ou seja Ex-Mestre da Loja ou Ex-Mestre da Cadeira, no Brasil começaram a chamar de Past Master. Nos demais Ritos devem ser chamados de ex-Veneráveis ou de Mestres Instalados, embora cerimônia de Instalação seja característica apenas do York e Emulation..
1º Vigilante: Existente em todos os Ritos, chamado no Emulation e York de Senior Warden.
No Rito Moderno e no Rito Adonhiramita está situado no Ocidente à sudeste, junto à coluna B.
No Rito de York e de Schröder no Ocidente, bem de frente do Venerável, na linha do Equador.
No Rito Escocês e Brasileiro no Ocidente à noroeste, junto à Coluna B (colocação inversa à do Rito Moderno.)
2º Vigilante: Existente em todos os Ritos, no Emulation de Junior Warden.
No Rito Moderno e no Rito Adonhiramita está situado no Ocidente, à noroeste, junto à coluna J.
No Rito de York e no de Schröder na coluna do Sul, no meio dos irmãos.
No Escocês, anteriormente, ficava na posição inversa à do Rito Moderno, atualmente, copiando o Rito de York, passou a se colocar no meio da coluna do Sul, da mesma forma aconteceu como Rito Brasileiro.
Orador: Não existe no Rito de Schröder, sendo nomeado um Irmão esporadicamente, que senta-se à esquerda do Secretário.
No Rito de York, chama-se Capelão, está colocado na mesma posição que no Rito Moderno e Adonhiramita, ou seja, no Oriente, junto à balaustrada e à esquerda do Venerável.
No Escocês coloca-se à direita do Venerável, anteriormente, era a esquerda (basta ver a posição do sol em Lojas do Rito Escocês de construção antiga). No Rito Brasileiro a posição é a mesma que no Escocês.
Secretário: Existente em todos os Ritos.
Nos Ritos Moderno e Adonhiramita fica situado no Oriente junto à balaustrada, à direita do Venerável.
Nos Ritos Brasileiro e Escocês, na posição inversa.
No Rito de York fica na Coluna do Norte, onde fica o Chanceler no Rito Moderno.
No Rito de Schröder na coluna do Sul, onde fica o Tesoureiro no Rito Moderno, não é eleito, é nomeado.
Cobridor: No Rito de Schröder esta função é exercida pelo 2º Diácono Adj., também chamado Guarda do Templo. Nos ritos em que existe Cobridor ele se coloca junto à porta de entrada, sendo que no Rito Moderno deve ficar bem de frente do Venerável, na linha do Equador.
Tesoureiro: Existente em todos os Ritos. Nos Ritos Moderno, de York e Adonhiramita fica no Ocidente, na coluna do Sul junto à balaustrada, à sudeste. Nos Ritos Escocês e Brasileiro à nordeste. No Rito de Schröder na coluna do Norte, à nordeste, mais ou menos na posição do Chanceler no Rito Moderno.
Diferenças nos Ritos
Chanceler: Não existe nos Ritos de York e de Schröder. Nos Ritos Moderno e Adonhiramita senta-se à nordeste, frente ao Tesoureiro. Nos Ritos Brasileiro e Escocês senta-se à sudeste. No Rito Brasileiro o Chanceler faz também o papel de Hospitaleiro.
Mestre de Cerimônias: Nos Ritos Moderno e Adonhiramita, no Ocidente, à nordeste, sentado à frente do Chanceler. No  Rito Escocês e  à sudeste. No Rito Brasileiro à nordeste, frente ao Tesoureiro, existe também um 2º Mestre de Cerimônias que se senta à sudeste.  Não existe no Rito de York. No Rito de Schröder a função é exercida pelo 1º Diácono. Normalmente as propostas, nesses Ritos, são apresentadas diretamente ao Venerável.
Hospitaleiro: Nos Ritos Moderno e Adonhiramita senta-se à sudeste na frente do Tesoureiro.  No Rito Escocês senta-se à nordeste, também à frente do Tesoureiro. Nos demais Ritos não existe, sendo que no Brasileiro o giro do Tronco é feito pelo Chanceler, que tem a função de Hospitaleiro e nos de York e Schröder pelo 2º Diácono.
Diáconos: Não existem nos Ritos Moderno e Adonhiramita. O 1º Diácono, nos Ritos Escocês e Brasileiro sentam-se no Oriente, à direita do Venerável abaixo do sólio; no Rito de York, no Ocidente,  à direita do Secretário, e no de Schröder à esquerda do Tesoureiro.  O 2º Diácono, nos Ritos Escocês e Brasileiro à direita do 1º Vigilante. No Rito de York e de Schröder também à direita do 1º Vigilante. No Rito de Schröder há um 2º Diácono Adjunto que senta-se à entrada do Templo, exercendo tam bém a função de Cobridor..
Expertos: Não existem nos Ritos de Schröder e de York. No Rito Moderno e no Adonhiramita o 1º Experto fica à esquerda do 1º Vigilante, o 2º Experto à esquerda do 2º Vigilante e o 3º Experto atrás do 1º Experto. No Ritos Escocês e Brasileiro o 1º Experto, à noroeste,  fica à direita do 1º Vigilante, na frente do 2º Diácono, e o 2º Experto à sudoeste.
Porta Bandeira: No Rito Moderno fica no Oriente, à direita de todas as autoridades, atrás do Secretário. Nos Ritos de York e Schröder não existe. Nos outros Ritos que o colocam em posição diferente da do Moderno deverão mudar, pois a Bandeira no Templo deve ficar conforme determina de lei profana.
Porta Estandarte: No Moderno fica no Oriente, atrás do Orador. Nos demais Ritos do lado oposto ao Porta Bandeira.
Arquiteto: Nos Ritos Moderno e Adonhiramita fica ao lado do Mestre de Cerimônias. Nos Ritos Escocês e Brasileiro à direita do 2º Experto. Nos demais Ritos não é designado.
Mestre de Banquetes: Nos Ritos Moderno e Adonhiramita ao lado do Hospitaleiro. Nos Ritos Escocês e Brasileiro à direita do Cobridor. Nos demais Ritos não é designado.
Mestre de Harmonia: Nos Ritos Moderno e Adonhiramita senta-se na coluna do Norte, junto à parede ocidental. Nos ritos Escocês e Brasileiro, na coluna do Sul, junto à parede ocidental. No Rito de Schröder senta-se à esquerda do Venerável, à altura de onde se senta o Orador no Rito Moderno. No Rito de York não há designação oficial.
Mestres sem cargo: Nos Ritos Moderno, Adonhiramita, Brasileiro e Escocês sentam-se nas primeiras fileiras das colunas, Norte ou Sul. Nos Ritos de York e Schröder podem sentar-se nas colunas do Sul ou Norte, mas não nas primeiras fileiras.
Diferenças nos Ritos
Companheiros: Nos Ritos Moderno, Adonhiramita e Escocês sentam-se na última fileira da coluna do Sul. No Rito Brasileiro na última da coluna do Norte. Nos Ritos de York e de Schröder na primeira fileira da coluna do Sul.
Aprendizes: Nos Ritos Moderno, Adonhiramita e Escocês sentam-se na última fileira da coluna do Norte. No Rito Brasileiro na última da coluna do Sul. E nos Ritos de York e de Schröder na primeira fileira da coluna do Norte.
Autoridades, Dignidades e Mestre Instalados em todos os Ritos sentam-se no Oriente.
Cobridor do Grau de Aprendiz
Sinal de Ordem: Todos os Ritos tem o mesmo Sinal de Ordem que o Rito Moderno.
Saudação: Ela é feita nos demais Ritos da mesma forma que é feita no Rito Moderno.
Sinal de Abstenção: Existe apenas no Rito Adonhiramita, que é colocar as mm\ acima da cab\, nos outros Ritos geralmente se fica de pé e à ordem.
Sinal de Obediência: Existe apenas no Rito Brasileiro,  e consiste em se colocar a m\ d\ sobre a e\ sobre o   av \.
Sinal do Rito: Existe apenas no Rito Brasileiro, e consiste levar a m\ d\ ao o\ e\, depois ao o\ d\ e estender o br\_à frente, com a p\ da m\ para c\.
Aclamação: No Rito Moderno: Liberdade! Igualdade! Fraternidade!, estando à ordem. No Rito Adonhiramita: Vivat! Vivat! Vivat!, fazendo acompanhar pelos três estalos. No Rito Escocês: Huzzé! Huzzé! Huzzé! No Rito Brasileiro: Glória! Glória! Glória!    Nos Ritos de York e de Schröder não existe.
Bateria: No Rito Moderno, Schröder e Adonhiramita: -oo-o-: No Rito Escocês e de York: -o-o-o-. No  Rito Brasileiro:  -o-oo-.
Palavra de Passe: Nos Ritos Moderno e Adonhiramita: T\ No Rito Schröder ela é ensinada (T\), com a ressalva de que está em desuso. Nos demais Ritos não existe no grau de Aprendiz.
Palavra Sagrada: No Grau de Aprendiz: Nos Ritos Moderno, Adonhiramita e Schröder é J\. Nos Ritos de York, Brasileiro e Escocês é B\, em todos eles só se dá soletrando.
Toque: No Grau de Aprendiz: Nos Rito Moderno, Adonhiramita e Schröder são iguais, dois tt\ seguidos e um espaçado.. No Rito Escocês três tt\ seguidos na pr\ falange do indicador. No Rito Brasileiro um t\ espaçado e dois seguidos. No Rito de York um só t\, que exige a palavra soletrada.
Idade: T\ A\
Delta Luminoso ou Triângulo Radiante: - Com o olho que tudo vê deveria ser apenas do Rito Moderno, nos demais Ritos teístas ou deístas deveria ser a letra iod. No Rito Schröder é substituído por um triângulo com a letra G no meio, ou pelo Esquadro e Compasso também com a letra G no centro.
Diferenças nos Ritos
Paramentos: Em todos os Ritos é o avental branco retangular (30x40), com a abeta triangular levantada.
Marcha: - Nos Ritos Moderno e Adonhiramita: Estando à ordem, t\ pp\ para frente, iniciando com o dir\ e juntando o e\ em esq\. Nos Ritos Escocês, Schröder e Brasileiro, inicia-se a marcha com o p\ e\.  No Rito de York dá-se apenas o 1º p\ reg\ da Franco-Maçonaria, começando com o p\ e\.
Correspondência de graus: A correspondência do Graus chamados Simbólicos é igual em todos os Ritos. Aprendiz, Companheiro e Mestre. Já nos chamados Graus Filosóficos, (não se deve chamar de filosofismo, posto que é um erro crasso, tendo em português um sentido pejorativo de falsa filosofia) há diferenças.  Os Ritos de York e Schröder não o cultivam, o York –Americano, Maçons do Real Arco o utilizam. Os Maçons do Schröder podem fazer os Graus Filosóficos nas Oficinas Capitulares do Rito Moderno. O Rito Moderno adotava 7 grau, atualmente adota 9, sendo que o Grau 4 (Eleito Secreto) corresponde do 4 ao 9 dos Ritos Escocês, Brasileiro e Adonhiramita (que adotava 13, adotando agora também 33). O Grau 5 (Eleito Escocês) corresponde ao 14 dos demais Ritos. O Grau 6 (Cavaleiro do Oriente) corresponde aos Graus 15 e 16. O Grau 7 (cavaleiro Rosa-Cruz) corresponde ao Grau 18. O Grau 8 (Inspetor ou Cavaleiro Kadosh) corresponde do 19 ao 30. O grau 9 (Grande Inspetor) corresponde do 31 ao 33. Os Graus acima do 7 têm característica administrativa.
Outras Diferenças - Há, ainda, diferenças na prática ritualística, decorrentes das diferenças filosóficas, mas não cabe no presente trabalho, posto que demandaria o conteúdo de um livro. Diga-se, apenas, que o Rito Moderno, dado sua filosofia, não tem nenhuma característica cultual, ou seja, de um culto.
Eleições – No Rito de Schröder apenas o Venerável, os Vigilantes e o Tesoureiro são eleitos, os demais cargos são nomeados.
Concluindo, diríamos que as diferenças fundamentais entre os Ritos são as Filosóficas.
O Rito Moderno tem uma posição adogmática, não admitindo nenhuma verdade não discutível, não pesquisada, atendendo ao Princípio Maçônico da investigação constante da Verdade.
Quanto ao entendimento do Absoluto, considerando-se um Rito racional por excelência, o tem fora da razão, portanto é assunto da crença de cada um dos Irmãos, é um problema de foro íntimo, que não se pode perscrutar nem impor a qualquer Irmão. Os outros Ritos têm característica teístas ou deístas. Motivo porque pode se intitular o Rito Moderno de “agnóstico”,  o Rito, não os Irmãos que a ele pertencem, que podem ter uma prática religiosa ou não, conforme for de seu alvitre particular.
Antonio Onías Neto  M\ I\